Crítica – Altered Carbon 1ª Temporada

Crítica – Altered Carbon 1ª Temporada “A morte do corpo é só mais um jogo”

Altered Carbon é mais a nova produção da Netflix, criada pela roteirista Laeta Kalogridis. Na série, a humanidade encontrou uma forma de carbono alterado que permite que a consciência das pessoas seja armazenada em um tipo de cartucho, e quando seu corpo morre acabam por ser transferidas para uma nova “capa”.

Aqui, acompanhamos Takeshi Kovacs (Joel Kinnaman) que acaba de acordar em uma nova capa e se vê obrigado a ajudar um milionário a resolver o seu próprio assassinato.

Crítica – Altered Carbon 1ª Temporada

De todas as séries que vi até então, Altered tem o mérito de ser a mais bonita. Cria um verdadeiro universo cyberpunk noir que lembra muitos filmes como Blade Runner. Além de trazer um sentimento que é um futuro distante, mas que poderia muito bem acontecer.

Aliás, recomendo que assistam na maior tela possível. Os cenários e a fotografia da série estão impecáveis, deixando a produção muito mais agradável de se assistir.

As cenas de luta são muito bem dirigidas e não deixam o espectador confuso jogando informações na tela. Juntando isso com o excelente jogo de luz, Altered Carbon é uma beleza ao olhar.

Crítica – Altered Carbon 1ª Temporada

A série também aborda discussões morais muito profundas envolvendo conceitos de dinheiro, imortalidade e banalidade do corpo. Uma sociedade que não da valor para a matéria, ao mesmo tempo que boa parte das famílias não tem dinheiro para comprar capas decentes para seus entes queridos.

Enquanto isso, ricos esbanjam seu dinheiro fazendo clones de si mesmos e alcançando algo muito perto da imortalidade. Você pode sim desfrutar dos benefícios de ter um cartucho, se tiver dinheiro para isso.

O programa também aborda a banalização da violência, novamente vindo por parte dos mais ricos. Para eles, a morte do corpo é só mais um jogo.

Crítica – Altered Carbon 1ª Temporada

Claro, nem tudo é perfeito e a série possui um roteiro problemático, com falas genéricas que atrapalham na hora de mergulhar naquele universo. Outra coisa que também me incomodou foi como o texto não explica os conceitos tecnológicos que aborda.

Estamos falando de um futuro distante, com uma tecnologia inovadora que nunca tivemos contato. Se o roteiro não tenta explicar como aquilo funciona, dificilmente o público vai conseguir entender sozinho. Até mesmo eu encontrei dificuldades em entender certas ideias, já que a série assume que eu já sei de tudo isso.

Tirando esse pequeno detalhe, Altered Carbon tem tudo para se tornar o mais novo vício do pessoal. A série estreia dia 2 de fevereiro e terá dez episódios.

Confira o trailer da série:

https://www.youtube.com/watch?v=D7wDY0lJWwA

Daeseung

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