Crítica – Death Note “Um filme bobo e uma adaptação fraca”

Crítica – Death Note “Um filme bobo e uma adaptação fraca”

Death Note, um dos animes e mangás mais populares dos anos 2000, ganhou um filme adaptado pela Netflix. A obra da dupla Tsugumi Ohba e Takeshi Obata que alcançou um tremendo sucesso pelo mundo todo com uma história muito inteligente e personagens bem desenvolvidos e apresentando boas motivações, infelizmente a Netflix não conseguiu ter uma adaptação norte-americana que fizesse jus a obra original.

A Netflix consegue ignorar totalmente a obra original e jogar fora toda a essência dos personagens. É uma tortura ver que tudo foi ignorado, os diálogos foram totalmente pobres, a relação dos personagens foi mal desenvolvidos.

Crítica – Death Note “Um filme bobo e uma adaptação fraca”

A genialidade do personagem Light Turner (Nat Wolff) é simplesmente jogado fora, praticamente não possui planos, apenas vai realizando as coisas baseado por impulsos.

A personagem Mia (Margaret Qualley) me surpreendeu positivamente, pois diferentemente da versão original, ela teve uma personalidade própria e não foi submissa às vontades do Light. Porém, em uma cena, de alguma forma sem explicação, ela consegue pegar um agente de FBI desprevenido e nocauteá-lo, isso demonstra que o roteiro do filme estava completamente fraco.

Crítica – Death Note “Um filme bobo e uma adaptação fraca”

O personagem L (Keith Stanfield) manteve todos os trejeitos do personagem da obra original, porém, sua genialidade não conseguiu ser adaptada para nova versão. O embate intelectual entre L e Light é inteiramente esquecido no filme. O jovem L além de não possuir a mesma inteligência que a obra original apresentou, do meio para o final do filme, ele começa a ficar completamente descontrolado e ser um personagem muito descuidado, isso porque citam diversas vezes que ele é o “maior detetive do mundo”.

Crítica – Death Note “Um filme bobo e uma adaptação fraca”

No fim, toda a questão sobre justiça e moral foi descartada pela Netflix, para simplesmente dar atenção ao romance do Light. Porém, apenas no final eles tentam demonstrar que seus planos tiveram um propósito, entretanto, isso acaba não convencendo o espectador. O filme acaba misturando diversos gêneros, terror, ação, ficção, e acaba não tendo uma identidade própria e nem mesmo conseguindo fazer uma homenagem a obra original.

Ficha Técnica:

Título no Brasil: Death Note
Título Original: Death Note
Diretor: Adam Wingard
Roteiro: Charley Parlapanides, Vlas Parlapanides e Jeremy Slater
Data de estreia: 25 de agosto de 2017, disponível na Netflix.
Duração: 100 minutos
Elenco:
Nat Wolff – Light Turner / Kira
Margaret Qualley – Mia Sutton
Keith Stanfield – L
Paul Nakauchi – Watari
Shea Whigham – James Turner
Willem Dafoe – Ryuk

Trailer do filme:

Daeseung

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