
Crítica – Mulher-Maravilha “Coragem, Poder e Maravilha”
Finalmente a Mulher-Maravilha chega aos cinemas pelas mãos da diretora Patty Jenkins, e mostra porque ela é uma das personagens mais importantes dos quadrinhos da DC Comics, ao lado de Batman e Superman. 75 anos depois da sua criação nos quadrinhos, podemos finalmente apreciar pela primeira vez um filme solo dessa heroína nos cinemas.
A trama se inicia na ilha de Themyscira, onde somos introduzidos a uma jovem Diana. A grande Rainha Hipólita (Connie Nielsen) nos apresenta um pouco sobre a mitologia grega e os Deuses do Olimpo e também conta um pouco sobre as origens das Amazonas. Entretanto, o filme não se aprofunda tanto na mitologia das Amazonas, apenas se foca em contar a história de origem da Diana Prince (Gal Gadot).
O visual na ilha de Themyscira é fascinante, repleto de cores vivas. O filtro das cores é dosado e usado em momentos específicos. Em ambientes internos, o dourado é bem presente, enquanto em cenas de batalhas, trincheiras e afins, o filtro é mais escuro, para representar os horrores da Primeira Guerra Mundial.
Quando a Mulher-Maravilha é introduzida à humanidade pela primeira vez, se aparenta ser muito ingênua, pois nunca tinha convivido com outros tipos de pessoas que não fossem as Amazonas. Entretanto, com o seguimento da trama, ela começa a entender como a humanidade se comporta e começa a enxergar todos os horrores da guerra.
Mulher-Maravilha é um filme totalmente independente do Universo Cinematográfico da DC. O longa apresenta um roteiro bastante simples e coeso, sem aquelas subtramas malucas. Outro detalhe importante sobre a trama, é que nos apresenta uma dosagem bem equilibrada de humor, drama e ação.
Entretanto, no terceiro ato, a dinâmica rítmica do filme foi quebrada, interferindo negativamente na qualidade do desfecho da obra. O confronto final entre a heroína e o vilão foi meio genérico, ficou sem explicação de como a heroína conseguiu atingir o seu verdadeiro potencial. Outro ponto que gostaria de destacar, é o uso excessivo do slow motion, isso fez com que algumas cenas de ação ficassem menos fluídas.
Sobre Gal Gadot, para mim só restam apenas elogios a essa mulher maravilhosa. Conseguiu entregar uma Diana muito boa, com um ótimo sotaque e com performances magnificas nas cenas de ação. Os personagens secundários também estão muito bem, são bastante carismáticos e possuem muita presença durante o filme, principalmente Steve Trevor (Chris Pine), que atua como uma espécie de mentor para a heroína ao longo dessa jornada no mundo dos homens.
Ficha Técnica:
Título no Brasil: Mulher-Maravilha
Título Original: Wonder Woman
Diretora: Patty Jenkins
Roteiro: Allan Heinberg
Data de estreia: 01 de junho de 2017
Duração: 141 minutos
Elenco:
Gal Gadot – Diana Prince / Mulher-Maravilha
Chris Pine – Steve Trevor
Connie Nielsen – Rainha Hipólita
Robin Wright – General Antíope
Danny Huston – General Erich Ludendorff
Elena Anaya – Maru / Doutora Veneno
Lucy Davis – Etta Candy
Ewen Bremner – Charlie
Saïd Taghmaoui – Sameer
Eugene Brave Rock – Chief
David Thewlis – Sir Patrick
Trailer do filme:
Muito boa a critica, realmente suspeitei que esse slowmotion ia ficar meio exagerado mas de boa estou ansioso para assistir o filme
O filme realmente é muito bom, mas eu, como prefiro a Marvel, não superou filmes como Doutor Estranho e/ou Guerra Civil. Acho que é um empate com o Logan, mas mesmo assim, ainda fico em dúvida (se de fato empata com o Logan, afinal, são filmes completamente diferentes). O que eles não souberam utilizar foi o slow motion, como já citado, e também o vilão, foi introduzido com muita pressa, deixaram ele apenas como uma grande ameaça, e no fim, não foi grande coisa.
De 0 a 5,0, dou 4,0.