Crítica – Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Crítica – Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Quem nunca assistiu, pelo menos, uma das histórias do icônico pirata Jack Sparrow? Em Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, nós nos reencontramos com o personagem, em sua busca pelo Tridente de Poseidon, capaz de tirar todas as maldições do oceano. Nessa aventura, se juntam a ele Henry Turner (Brenton Thwaites), que precisa do Tridente para livrar a maldição do pai e a órfã Carina Smyth (Kaya Scodelario), que possui o mapa para chegar ao artefato.

Crítica – Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

O filme é muito bonito visualmente e te conquista nos primeiros dez minutos. As cenas são muito agradáveis de assistir. Aliás, o humor funciona muito bem, as piadas tem um timing quase perfeito; o único problema é que são repetitivas e cansam fácil demais.

E aqui já encaramos sérios problemas de roteiro, que é muito previsível. É normal que um filme vá pelo caminho mais simples, principalmente quando se trata de um blockbuster, mas você espera pelo menos um pouco de originalidade. Depois dos trinta minutos, já podemos imaginar tudo que vai acontecer. Até as partes que foram feitas para surpreender o público não funcionam.

Crítica – Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Isso é encoberto pelas ótimas cenas de ação, que são muito divertidas de ver. Elas são rápidas e abusam do humor corporal, que é uma das melhores coisas no filme. Os personagens ajudam muito, são cativantes e você torce por eles. Kaya Scodelario é de longe a melhor do elenco e nos entrega uma Carina Smyth carismática, engraçada e inteligente; Alias, a dupla que ela faz junto com o Brenton Thwaites, só funciona por causa dela.

É bem interessante reparar em como o personagem do Johnny Depp fica em segundo plano. Se antes, tudo girava em torno dele, agora mal da para notar sua presença em certas cenas. Quando ele aparece, também não é nada espetacular e não impressiona. Na verdade, poderiam substituir o personagem por qualquer outro pirata genérico, que não faria diferença.

Crítica – Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

O apelo para a nostalgia é muito notável. É feito um esforço enorme para a audiência goste do que está vendo porque viu em filmes passados – mais ou menos o que Alien: Covenant fez – quando, na verdade, o que a franquia precisava era de novos ares. Tudo que era bom nos filmes anteriores se repete aqui e de uma maneira não tão boa.

Infelizmente, boas piadas e um humor fácil não são capazes de salvar um projeto. Falta originalidade, inovação e até mesmo um bom uso de recursos antigos. Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar é bem capaz de divertir o público, mas não deixa de ser só mais um filme mediano.

Observação: O filme possui uma cena pós-créditos, então não saia do cinema de jeito nenhum!

Crítica feita pela Milena Araujo

Ficha Técnica:

Título no Brasil: Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar
Título Original: Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales
Diretor: Joachim Rønning e Espen Sandberg
Roteiro: Jeff Nathanson
Data de estreia: 25 de maio de 2017
Duração: 129 minutos
Elenco:
Johnny Depp – Capitão Jack Sparrow
Javier Bardem – Capitão Armando Salazar
Brenton Thwaites – Henry Turner
Kaya Scodelario – Carina Smyth
Kevin R. McNally – Joshamee Gibbs
Geoffrey Rush – Capitão Hector Barbossa
Golshifteh Farahani – Shansa
Stephen Graham – Scrum
Orlando Bloom – Capitão William Turner
David Wenham – Scarfield
Keira Knightley – Elizabeth Swann

Trailer do filme:

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Pedro Biajoti

Geralmente eu sou contra esse tipo de fala, mas desta vez sou eu quem deve dizer: Deveria ter terminado na trilogia. Tudo a partir daí passou a ser contra o que os caras fizeram lá no começo, o quarto abusou demais da fantasia e tornou tudo meio forçado. Já esse jogou a continuidade dos anteriores no lixo, mesmo trazendo alguns personagens da trilogia original. E não estou entendendo a necessidade da disney de matar coadjuvantes após estabelecer laços de parentesco com os principais.. Os efeitos foram ótimos, dignos de uma mega produção da disney.. Mas a historia é decepcionante.

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