Crítica – Pantera Negra "Filme sai do básico e entrega uma mensagem poderosa"

Crítica – Pantera Negra “Filme sai do básico e entrega uma mensagem poderosa”

Pantera Negra se passa após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, onde T’Challa (Chadwick Boseman) que, após a morte de seu pai, o Rei de Wakanda, volta pra casa para a isolada e tecnologicamente avançada nação africana para a sucessão ao trono e para ocupar o seu lugar de direito como rei.

O diretor Ryan Coogler se aprofunda bastante na cultura africana, apresenta todos os costumes, rituais, racismo e a política que gira em torno do filme. Visualmente, o longa se destaca com ótimos figurinos e com elementos culturais africanos, com uma fotografia e trilha sonora maravilhosa. Os cenários eram bastante impactantes, e me lembrava muito do filme do O Rei Leão.

Crítica – Pantera Negra

As personagens Nakia (Lupita Nyong’o) e Okoye (Danai Gurira) estão incríveis. Ambas possuem um bom tempo de tela e são bem desenvolvidas, as cenas de luta de ambas das guerreiras deixa o filme simplesmente deslumbrante. Mas quem de fato brilha no elenco feminino é a Shuri (Letitia Wright), irmã mais nova do T’Challa, a personagem é adolescente, porém, é extremamente inteligente, chegando a ter um QI aproximadamente igual a do Tony Stark. A personagem ainda por cima é responsável por criar e desenvolver todos os apetrechos tecnológicos do herói e de Wakanda, fazendo um papel semelhante ao do “Q” nos filmes do James Bond.

Crítica – Pantera Negra

Andy Serkis consegue entregar um Ulysses Klaue bastante perturbado, porém, ele é apenas um instrumento narrativo que serve para desencadear ações muito maiores do que as suas intenções iniciais.

O vilão Killmonger vivido por Michael B. Jordan é um personagem que possui diversas camadas de profundidade, as motivações dele são totalmente compreensíveis, porém são bem extremistas, e ele usa isso a favor para executar os seus planos. Ele acha errado que a nação de Wakanda se isolou do resto do mundo e não ofereceu sequer nenhuma ajuda para os seus ancestrais em momentos de opressão e escravidão.

Crítica – Pantera Negra

Chadwick Boseman entrega uma atuação poderosa como T’Challa, se impõe como um verdadeiro rei, e mostra que no final do filme ele é uma outra pessoa, um rei bem mais amadurecido do que era no início.

Pantera Negra sem dúvida nenhuma é um marco cultural nos filmes de super-heróis, é emocionante, com cores deslumbrantes, e as musicas nos rituais são simplesmente vibrantes. É de fato um filme que sai do básico de origem de super-heróis, e entrega uma mensagem poderosa. É incrível que a melhor frase do filme é dita pelo vilão Killmonger, onde ele faz uma alusão aos terrores vividos pelos escravos.

Observação: O filme possui duas cenas pós-créditos, então não saia do cinema de jeito nenhum!

Ficha Técnica:

Título no Brasil: Pantera Negra
Título Original: Black Panther
Diretor: Ryan Coogler
Roteiro: Ryan Coogler e Joe Robert Cole
Data de estreia: 15 de fevereiro de 2018
Duração: 134 minutos
Elenco:
Chadwick Boseman – T’Challa / Pantera Negra
Michael B. Jordan – Erik Stevens / Killmonger
Lupita Nyong’o – Nakia
Danai Gurira – Okoye
Martin Freeman – Everett Ross
Daniel Kaluuya – W’Kabi
Letitia Wright – Shuri
Winston Duke – M’Baku
Angela Bassett – Ramonda
Forest Whitaker – Zuri
Andy Serkis – Ulysses Klaue
John Kani – T’Chaka

Trailer do filme:

Daeseung

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